Desculpa a mãe amor, tens tido muitas novidades que já me varreram porque não as registei, mas o mês foi de volta dos caixotes para levarmos para Londres, aproveitando sempre que dormias e há noite não havia paciência para vir ao pc. Mas importa registar o que sei.
Não queres caminhar filha, queres correr. Em casa pedes a mão para tudo, mas em qualquer espaço público que vás é ver-te a caminhar despachada indo meter conversa com tudo e todos, sempre com um sorriso colado.
Deliras com água com gás e tudo o que tenha chocolate,
Cantas lá na tua língua e dás à perna para marcar o ritmo,
Finges que estás a dormir e andas sempre a esconder-te atrás dos cortinados do quarto,
Não queres pôr babete mas adoras molhar o pão no leite,
Sabes sacudir as mãos se estão sujas,
pôr a mão à frente da boca se tosses,
fungar para assoar o nariz,
arrumar o cabelo da frente dos olhos,
pôr o corpo todo mole para seres arrastada,
deitar algo no lixo e tapar o balde,
pôr a roupa no roupeiro e na máquina de lavar,
arrumar a máquina da louça comigo,
ler os livros sempre do lado certo,
pregar sustos,
acartar caixas/caixotes/cestos,
limpar as mãos com a toalha,
tirar as pantufas e as meias dos pés,
escrever no pc e carrgera na tecla grande (enter) para que o pai possa ler,
ver comida e dizer nham nham,
dizer se queres algo ou não,
fazeres birras de acordar um morto,
empurrar o teu carrinho de passeio,
reclamares se não vais ao padeiro e ao peixe quando eles apitam à porta de casa dos avós,
pedires à vizinha dos avós bolacha, se não for de chocolate queixaste,
dar banho aos bonecos se houver água por perto,
sabes que o pai está no skype e que tens saudades dele